
Quem está Aqui Agora?
Uma das técnicas de meditação de Siddhartha que é menos comum nas práticas diárias ou até em campos de meditação é a semi-passiva Quem Está Aqui Agora. Isso ocorre porque para sua prática é necessário um espaço específico, bem iluminado e que tenha bons espelhos.
Por este motivo também foram feitas reformas na sala Bodhgaya, localizada próximo a Sala de Meditação. Na Delphis Universalis, nosso espaço de meditação em Curitiba.
A partir de março de 2017, ofereceremos, esta técnica de meditação semipassiva regularmente em forma de retiros, programas semanais ou como vivências.
Para você saber um pouco mais sobre a técnica Quem Está Aqui Agora. Compartilhamos abaixo algumas palavras de Siddhartha, registradas durante um retiro, que explicam a origem dessa técnica:
Discurso de Siddhartha:
“Quem está Aqui Agora? Uma pergunta vaga, mas se usada de maneira auto-investigativa tem muito valor neste caminho!
A auto-investigação é uma ferramenta que anula a mente, e ela mesma desaparece eventualmente, assim como o açúcar usado para adoçar uma bebida derrete e some deixando apenas seu sabor.
A prática da meditação ativa sempre foi uma dádiva em minha vida! Ahh como eu amo a prática…
Lembro-me ainda quando eu e um amigo praticávamos o dia todo. Cada vez que nos encontrávamos íamos praticar uma técnica. Nosso encontro era uma festa interna, juntos a prática vibrava numa mesma sintonia.
Fiquei seis anos sem vê-lo e no começo dos anos noventa quando viajei para a Índia, não esperava reencontrá-lo, mas um mês após minha chegada ele apareceu!
Quando nos reencontramos foi um abraço silencioso, gargalhadas e imediatamente sentamos em posição de lótus, ficamos três meses juntos rindo e praticando…
Pedalando:
Quando retornei ao Brasil, comecei a fazer exercícios físicos, por recomendação médica, e escolhi pedalar, pois sempre tive muito amor por bicicletas.
Pedalar é uma experiência única por si só! Todos que já se sentaram numa bike curtiram o vento que acaricia o rosto… O cheiro do ar fresco da manhã… As rodas e o som dos pneus que parecem entoar o mantra Om enquanto os pedais se movimentam…
Comecei pedalando de manhã cedo vinte quilômetros por dia. Esta disciplina tornou-se uma prática diária, mas cada vez que voltava para casa sentia falta de algo.
A prática não estava completa, faltava ficar quieto! Uma prática de meditação passiva era o sabor que sentia faltar. Afinal havia já vivenciado atividade.
O surgir da técnica de meditação:
Certa vez, ao voltar para casa e, após ter me alongado, resolvi sentar silenciosamente por quarenta e cinco minutos. Então abri meus olhos e dei de cara com minha imagem refletida no espelho.
Foi um momento especial, neste intante ao abrir meus olhos reparei que todo a minha atenção havia-se voltado para o Aqui Agora… Havia saido dos pensamentos e voltado para o momento presente…
A partir deste momento, toda manhã após pedalar. Voltava para casa e permanecia por meia hora sentado na frente do espelho em ZAZEN, de olhos abertos fixando minha imagem refletida.
Já havia praticado ZAZEN fixando o olhar numa parede branca. Mas o espelho foi uma revolução nesta prática, pois percebia que cada vez que viajava num pensamento minha imagem sumia.
Aí surgiu a pergunta “Quem está aqui agora” . – Talvez por inspiração dos métodos de auto- investigação de dois mestres que sempre amei, Ramana Maharshi e Nisargadatta Maharaj -, Neste mesmo instante minha imagem ressurgia nítida perante meus olhos e eu voltava ao momento presente.
Foi assim que nasceu a técnica Quem Está Aqui Agora.
Foram meses de prática e com o passar do tempo esta técnica foi se aprimorando e hoje quero oferecê-la a vocês. ”
(Trecho extraído de discursos proferidos durante o retiro “Quem Está Aqui Agora” em São José dos Pinhais/PR, em 2009).
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