
..
No Mind Power técnica ativa.
Em 2009 durante a vivência “Centro de Gravidade Permanente” Siddhartha nos presenteou com uma nova técnica ativa: “A No Mind Power”. Uma poderosa técnica ideal para descer do espaço da cabeça impregnada de pensamentos ao espaço do coração puro e sensível. Praticada diariamente traz maior presença aos movimentos do corpo físico, proporcionando um estado de clareza e relaxamento.
Esta técnica que faz parte da linha “Neo Sufi” é uma paixão a primeira experiência e, sem dúvida, está entre as técnicas mais amadas no mundo Delphis.
Com sua intensidade, movimentos, expressões únicas a No Mind Power é uma técnica altamente dinâmica. Uma experiência que transcende o corpo físico e silencia a mente, proporcionando um centramento extraordinário! Não tem quem a pratique que não se encante com seus resultados palpáveis e benefícios imediatos.
Recentemente (re)muscalizada por Siddhartha, Gusta Proença, Fábio Farina e a participação vocal de Daniel Farah, assumiu uma nova vibração ainda mais encantadora e já está disponível em CD para quem quiser praticá-la em casa.
Para compreendermos mais sobre a No Mind Power, escolhemos um trecho de uma explicação da técnica, proferida por Siddhartha durante um campo de meditação em Curitiba:
Siddhartha – No Mind Power.
“Hoje vamos praticar a No Mind Power. Esta técnica que desenvolvi em 2008 é inspirada na No Mind do Osho. Pois utiliza (gibberish) uma fala sem sentido que ele introduziu ao mundo. Supostamente, a palavra “gibberish” originou-se do nome de um famoso alquimista islâmico do século VIII, Jābir Ibn Hayyān, sendo latinizado como “Geber”.
Assim, “sem sentido” era uma referência ao jargão técnico incompreensível usado por Jabir. Sua maneira incompreensível de falar resultou em um sinônimo para etiquetar aqueles que falam coisas sem sentido.
A No Mind Power é uma fusão de experiências sufis e um legado de técnicas inspiradas em vários de meus mestres. Como toda técnica Neo Sufi, esta também começa com uma reverência. A reverência não é nada mais, nada menos do que um momento de centramento para conectar com nossa energia e corpo físico.
O primeiro estágio:
O primeiro estágio convida a três sequências consecutivas de intenso gibberish. Fale, de maneira incompreensível. Uma linguagem inexistente e altamente ativa, além das palavras, chacoalhe o corpo e use as mãos assim como um italiano faria. Faça isso de maneira que haja um movimento corporal intenso. Em cada uma das três fases não pare de falar ou de se mexer, não dê tempo para sua mente pensar. A ideia é jogar fora os pensamentos antes que se formem. Este primeiro estágio é uma preparação para o segundo.
O segundo estágio:
O segundo estágio é composto de movimentos facultativos e precisos ao som de batidas de tambor, entre uma batida e outra o convite é a imobilidade. Estes movimentos surgiram em minha vida nos anos oitenta, quando comecei praticar métodos de imobilidade.
-Passava horas entre atividade e imobilidade, tentando estar presente o mais possível, seja na ação que na não ação. Éramos um grupo de amigos. Saíamos juntos pelas ruas, um de nós dava o sinal e logo todos os demais paravam imóveis onde estavam e na posição que se encontravam. Certa vez, o sinal veio e eu estava atravessando uma rua movimentada.
Parei bem no meio daquela rua, fiquei imóvel e comecei a perceber que carros estavam chegando. Mesmo assim continuei imóvel sem me mexer, meu corpo todo tremia, cheguei a suar frio, mas eventualmente após buzinar de montão os carros me evitavam e recebia palavrões. Permaneci lá apenas presenciando o que se passava dentro e fora deste corpo.
Confiar na vida sempre é um desafio, pois qualquer coisa que ela lhe ofereça pode ser uma ferramenta para despertá-lo, que isto aconteça ou não, precisa estar entregue.-
Durante este estágio, seja uma estátua viva que se movimenta e permanece totalmente imóvel. Não faça nada que não sejam estes movimentos, fique atento ao som do tambor, não se mexa antes nem depois, mas no exato momento que o tambor vibra. Mexa todo seu corpo, não como uma dança suave ou como se estivesse praticando Tai Chi. Movimente-se com energia, trazendo toda força de seu abdômen.
Os braços, pernas, corpo e cabeça assumem posições diferentes a cada batida. Seja criativo e movimente seu corpo como se estivesse lutando caratê ou outra arte marcial de impacto. Entre uma batida e outra fique imóvel como uma rocha. Mantenha sempre seus olhos bem abertos, fixos no horizonte.
O terceiro estágio:
O terceiro estágio é o giro… Simplesmente deixe seu corpo girar feito uma criança. Despreocupado, rode do lado que mais preferir, na velocidade em que se sinta à vontade. Esta velocidade pode ir aumentando conforme se sentir mais seguro e se tornar experiente. Não queira já sem prática rodar muito rapidamente, pois pode lhe dar sensação de mal estar. Pessoas gostam de focar em algo parado e costumam manter os olhos semiabertos focados na palma da mão, é valido, o que importa é girar… Se alguma sensação desagradável surgir respire fundo e conecte com o centro de gravidade permanente. O estado consciente que permanece imóvel enquanto seu corpo roda.
Quarto estágio:
Ao término da fase do giro deite-se no chão de bruços. Com as pernas levemente abertas, o rosto virado para o lado que sentir mais confortável,descanse até o fim do estágio. É natural demorar a voltar à ação após esta técnica… Pois a No Mind Power aquieta a mente de tal forma que não consegue tomar decisões apressadas.
Lembre-se que esta é apenas uma técnica e na hora em que a técnica termina, a meditação começa. Até então a mente estava resistindo com todas às suas forças e ao som do último gongo ela entrega a luta. Não queira sair falando ou fazer movimentos bruscos e apressados, aproveite este instante para estar mais com sua natureza…”
Assista o vídeo da No Mind Power